Origem da Raça
A
hipótese mais provável sobre a origem do Rottweiler, remonta
do século I D.C., quando as tropas romanas, extremamente
numerosas, em expedições de conquista, realizaram a travessia
dos Alpes e utilizaram um cão boiadeiro para cuidar do
rebanho que serviria de alimento à tropa. Esta expedição
terminou onde hoje é o sul da Alemanha, às margens do
Rio Neckar.
Foi
nesta região que surgiu a atual cidade de Rottweil, a
qual o Rottweiler herdou o nome, Metzgerhund Rottweil
(Cão de Açougueiro de Rottweil), uma vez que a cidade
de Rottweil era um importante centro de comércio de gado,
em meados do século XII. Posteriormente, seu nome foi
abreviado para "o cão de Rottweil". Em alemão,
Rottweiler. Ele foi utilizado como cão boiadeiro e cão
de tração até meados do século XIX.
O
fim do comércio de gado em Rottweil e o advento das rodovias
quase extinguiram a raça no início do século XX. Mas graças
às suas qualidades físicas, elevada inteligência, seu
caráter firme, temperamento forte e sua coragem frente
ao perigo, tornaram o Rottweiler o parceiro ideal para
o serviço policial. Assim também surgiram clubes dedicados
à preservação da raça. Em julho de 1921 foi fundado o
Algemeiner Deutcher Rottweiler Klub (ADRK), que rege,
até os dias de hoje, o padrão alemão da raça.
Com
tantas virtudes, o Rottweiler logo conquistou admiradores
pelo mundo. Chegou aos Estados Unidos da América ainda
na década de 30, sendo reconhecido pelo American Kennel
Club em 1935. E conquistou também o mais antigo clube
cinófilo do mundo, o The Kennel Club, na Inglaterra, em
1936.
No
Brasil o Rottweiler só chegou na década de 70, no estado
do Rio de Janeiro. Posteriormente, foi se espalhando pelo
país, sendo que hoje, os mais importantes centros de criação
situam-se nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas
Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. A região nordeste
tem crescido muito em qualidade nos últimos tempos.
Crescente
também tem sido o número de filhotes de Rottweiler que
nascem todos os anos no Brasil. Por vários anos consecutivos,
tem sido a raça mais registrada na CBKC, chegando, em
1997, a 26.000 filhotes registrados, ou seja, de cada
5 filhotes registrados, pelo menos 1 era de Rottweiler.
A história diz que ser "o cão da moda" pode
levar à degeneração da raça no país, o que preocupa criadores
e admiradores do Rottweiler. Pois ser o "cão da moda",
atrai "fabricantes de cães", de olho no lucro
fácil da venda de filhotes, deixando de lado a diretriz
fundamental de qualquer criador sério: "Produzir
filhotes com qualidade, dentro do padrão da raça, buscando
o aprimoramento do cão." Veja adiante algumas dicas
de como adquirir um filhote de Rottweiler, a fim de fugir
desses comerciantes inescrupulosos. E também a importância
de comprar certo. |